quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Crônica - Um nome


Olá Deborah! Veja que suas broncas pesam no meu inconciente e mandam nos meus dedos. Deborah sem acento e com agá. Nunca mais digito Débora. Aliás, perdão. Esta foi a última vez e só fiz uso da grafia incorreta para exemplificar.

Mas Deborah. Para não dizer que não falei do tempo – quase a totalidade desta frase foi emprestada do Geraldo Vandré – aqui faz um frio de primavera. Sim, com sol, flores, encasacados e corajosos em mangas de camisa. Veio esse tempo de repente, depois de uma madrugada e um dia de chuva. Antes fazia um calor de até 40 graus.

Muito diferente de Londres, onde você respira primeiro mundo 24 horas por dia. Com ou sem casaco, chovendo ou batendo sol. Vi suas fotos tiradas não sei quando. Em todas as roupas são de quem enfrenta temperatura em declínio. Diz para mim, porque eu sou ignorante destas coisas de se faz frio lá aqui o tempo queima: por onde você anda é outono ou começo de inverno?

A diferença é, na verdade, cultural. Ai você é quem faz a moda e usa casaquinho mesmo se o clima dispensa o tal. Aqui, quando fui às ruas de tênis, jeans, camisa polo e terno até me fotografaram. Publicaram a minha foto numa revista, na parte de flagrantes de pessoas que se vestem mal. E olha que eu me inspirei num ator de novela. Claro, ele com um metro e oitenta, unhas feitas na manicure e cabelinho ajeitado é galã até de cueca.

Você ri em todas as fotos! Espero que não seja deboche de mim, jacu. Quanto ao Deborah, um velho mestre me dizia constantemente: “O nome é o primeiro, o principal e o eterno patrimônio de uma pessoa. Portanto, nunca erre”. Seus pais decidiram por Deborah. Dá uma sofistificação quando Deborah é escrita. Diferente de Débora, esta com acento que nada tem a ver com você.

Eu gosto de Deborah! Do nome e da pessoa. Tenho certeza que esta crônica vai provocar em você mais uma crise de revolta e indignação. Vai me acusar de usar o seu nome para fazer um texto de blog.
Nada disso. Se escrevo sobre o seu nome é porque você é uma pessoa importante. E lá de longe, Londres, mantém-se amiga e parceira de idéias, projetos, sonhos e essa coisa que é sempre necessária de um provocar o outro para acertar ambos os rumos e crescer. Sempre!


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