quinta-feira, 19 de julho de 2012

Crônica - Enfim, amiga!

Eu que a tenho como criança misturo sentimentos agora, quando você se põe mulher. Está namorando, é? Quem é o fulano? O que ele faz? É educado? Estuda? Tem boa aparência? Ah, trabalham juntos! Isso é complicado, menina. Qualquer olhar atravessado de um ou outro para terceiros ou terceiras deflagra crises. Algumas duram a eternidade de uma tarde inteira.

Sei muito bem disso minha carinha. Já enfrentei. Faz muito tempo, mas ainda guardo alguns desses momentos. Admito que essa situação confunde. Eu ainda não sei se faz bem ou mal lembrar de coisas que torturaram. Me parece que dá vontade de reviver.

Ah, muito cuidado com os sentimentos e seus conceitos. Tenha sempre definições claras. A paixão, por exemplo, neste primeiro estágio do namoro é só um fogo que dá vontade de beijar, abraçar, acariciar, ficar junto, sonhar com o futuro e enfim, se entregar. Mas modere-se. Não passe disso. Controle as mãos, não os desça abaixo da cintura.

Já o amor é quase consolidação. Atente-se que é mentira quando dizem que é eterno. Acaba sim. Vira companheirismo ou piedade. Vira parceria, comodidade, conveniência e até falsidade. Perceba desde já que o amor acaba sim. Às vezes uns se iludem e tentam recomeçar. Horas depois constatam que foi fatal. E então assumem o conformismo.

E o que dizer do amanhã? Case! Não case! Apenas fique! Viva! A última das alternativas é a mais recomendável. Viva! Assim, se quiser casar então se case. Se não quiser não se case. Se preferir apenas ficar, fique. Mas sempre consciente que ara cada receita há uma dosagem. E cada dose tem um preço.

Sendo assim, encerro conversa vendo o seu rosto feliz. Você ri à toa, menina! Algo está te fazendo bem. Então apaixone-se e ame. Limite-se a isso e as suas derivantes. Só depois, meses e anos passados, decida sobre o futuro. E use camisinha. Agora já temos preservativos femininos. 


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