Christian Paul e Idelines comemoram neste outubro onze anos
juntos; tudo começou no Dia da Padroeira
Walter Ogama
O acaso é, às vezes, manhoso.
Outras vezes ele se faz estrategista. Ou, as duas coisas.
Assim deve ter sido naquelas
primeiras semanas de aulas do ano letivo de 2005. Christian Paul fazia o último
ano de Biblioteconomia na Universidade Estadual de Londrina e Idelines era
caloura do mesmo curso.
Certa ocasião, no ponto de
ônibus, eles iniciaram conversa. Só a chegada do coletivo obrigou ambos a encerraram
o diálogo.
Mas aquele
primeiro contato foi marcante para ambos. Porque tempos depois houve convite,
de uma das partes, para irem juntos ao cinema. O filme escolhido foi um
nacional: "Dois Filhos de Francisco", baseado na vida dos músicos da
dupla Zezé Di Camargo e Luciano.
Pois
não só a trama mostrada na telona, mas principalmente as flechas de um bom
sentimento que cruzavam o espaço entre um e outro, para ter como alvo os
respectivos corações, fizeram com que Paul e Idelines iniciassem namoro no Dia
de Nossa Senhora de Aparecida, 12 de outubro. Neste ano de 2016 a relação
completou 11 anos. Paul e Idelines são devotos da Santa.
Idelines trabalha na área de
beleza. Estava feliz com o namoro. Certa vez Idelines recebeu a amiga e cliente
Márcia Moreno e contou a ela a boa novidade. Complementou mostrando a Márcia a
foto de Paul.
Aquilo aumentou a euforia de
Márcia, pois ela reconheceu o moço da foto como o vizinho de tempos atrás. Paul
morou na casa ao lado da dos pais de Márcia, dona Amélia e seu Miguel, da
infância até a juventude. E Márcia disse a Idelines que tinha muito carinho por
ele.
Paul viveu do nascimento até os
seis ou sete anos numa casa da Travessa Paraguaçu, localizada entre a Rua Bahia
e a Rua São Vicente, onde recebia os cuidados da avó, Luiza Ogama, e do avô,
Dairoku Ogama.
Depois a família mudou-se para a
Rua Icós, na Vila Portuguesa. Ali morava Márcia, com os pais Amélia e Miguel,
as irmãs e anos depois um irmãozinho, o Miguel Fernando.
Parte do bairro era remanescente
de um assentamento e outras localidades próximas ainda tinham resquícios de
ocupações. Além da família de Márcia, também o casal Julieta e Mário, que havia
sido vizinho na Travessa Paraguaçu, acolheram com carinho os novos moradores.
Na Icós Paul iniciou os estudos,
acompanhou a avó às compras do supermercado, da feira livre e dos bazares do
centro da cidade. Dentre os acontecimentos tristes que a vida fatalmente
apresenta, Paul acompanhou o falecimento do avô e posteriormente o da avó.
Já trabalhava como funcionário
público municipal, mas aproveitou a onda dos dekasseguis, quando grande número
de descendentes de nipônicos viajou a trabalho ao Japão. Paul foi com os primos
Rosemary e Roberson.
Quando retornou, anos depois, uma
das atividades profissionais que exerceu por longo período foi em escritório de
contabilidade.
Paul é filho de Daisy. No retorno
ao Brasil ele conheceu o pai biológico, José Santana. Por parte do pai Paul tem
três irmãos: Beto, Agda e Guilherme. Por parte da mãe são dois irmãos, Edson e
Matheus. Quanto aos sobrinhos, são três do lado paterno e uma do lado materno.
Paul é formado em Biblioteconomia
na Universidade Estadual de Londrina e lembra que o grande desejo da avó Luiza,
que o criou, era que ele chegasse ao ensino superior e conseguisse o diploma.
Do
relacionamento com Idelines surgiu também o carinho de Paul para com a mãe
dela, dona Geni, e a avó dela, dona Gumercinda.
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