terça-feira, 31 de agosto de 2010

Retrato - É tudo meu...



O autor disso ai que se vê na foto tem uma baita casa num quintal gigante. Invejável? Que nada. Dá muita dó e não é do patrimônio que ele tem. É da falta de coletividade e consciência. O quintal pega da rua Astorga, onde tem um portão principal e vai até a rua Professor Samuel Moura, na Vila Judith, Zona Oeste de Londrina. O quintal é gramado e não faz muito tempo o sujeito comprou uma máquina barulhenta de aparar grama. Nos domingos ele decide democratizar o barulho. Os vizinhos são obrigados a aumentar o volume do som. Nesta semana ele foi ao extremo. Aparou a grama e ensacou tudo em sacos plásticos. Ajuntou oito sacos que foram colocados na calçada dos fundos, junto com um bom punhado de gravetos. Porque na calçada da frente da casa dele é proibido. Pelo local emporcalhado pelom sujeito passa muita gente. O dono da casa com certeza não usa aquela calçada. Os sacos com gramas já secas e os gravetos estão sob a rede elétrica. É um barril de pólvora. Basta uma faísca. O dono da casa acha que é obrigação do caminhão coletor de lixo levar a grama e os gravetos. Nem isso ele sabe. O caminhão só leva lixo doméstico. Ele é culpado? Na atual circunstância não. Pois o poder público que deveria multar um cidadão com essa cabeça fecha os olhos. Aliás, cometo equívocos: como alguém assim pode ser chamado de cidadão? Quando é que o poder público tem olhos? Basta lembrar que na noite de domingo faltou luz na Zona Oeste porque algum porco provocou queimada embaixo da rede elétrica no Jardim Bandeirantes. Esse que coloca todos os vizinhos em risco deve ter um gerador no seu grande quintal.

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