quarta-feira, 1 de abril de 2009

Crônica - Londrina de todos os londrinenses

Nem alto e nem baixo, peso lá pelas tabelas, o curitibano recentemente conhecido me diz que Londrina lembra muito São Paulo. Pergunto em que, ele explica que a semelhança está nos cafés do centro da cidade.
- Como assim?
- No jeitão das pessoas encostarem nos balcões dos bares para tomar café enquanto conversam...
Olha só! Eu, londrinense do meio do ovo, aos 52 anos de idade já tomei café em bares de terras distantes. Jamais sentado e escorado numa mesinha, embora tenha passado por shoppings requintados de Brasília, Curitiba, Joinville, Blumenau, Florianópolis, Porto Alegre, Uberlândia, Uberaba, Goiânia e até mesmo São Paulo.
Distração deste macaco velho? Pode ser. O que interessa é que este conhecido curitibano levantou dentro da minha alma aquele pó vermelho da terra roxa, que me enche de orgulho e me dá um indisfarçável contentamento quando a comparação do londrinense é com os paulistas.
Coisa da cultura pé vermelha. Nem entendo esse meu eu como uma discriminação contra o Sul e a minha capital. O que acontece é que a ligação com São Paulo está encralacada no londrinense feito um encardido que não sai. Temos aqui mineiros que viraram londrinenses de coração. Temos baianos, alagoanos, cariocas, gaúchos e catarinenses. Temos curitibanos, presbiterianos, adventistas, espíritas e pseudo-intelectuais. temos praticantes de capoeira e de artes marciais.
Mas a ligação com o paulista é marcante. Até no café tomado no balcão, barriga escorada no vidro com doces ou refrigerantes, enquanto rola a conversa sobre o campeonato paulista.
E vai que o conhecido curitibano tenha razão.

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